alfa

Este espaço, aberto pela equipa Coordenadora da Biblioteca da Escola Secundária de Castelo de Paiva, destina-se a partilhar opiniões, experiências e aspirações, que permitam melhorar o trabalho desenvolvido no âmbito das Bibliotecas escolares.

sexta-feira, abril 13, 2007

DIA MUNDIAL DA POESIA


No dia 21 de Março, a Biblioteca da Escola Secundária de Castelo de Paiva comemorou a Poesia. Zeca Afonso serviu de suporte a uma série de actividades que ultrapassaram as paredes da Biblioteca.

Um convidado especial, José Silva, trouxe-nos as mais belas canções do Zeca. Iniciou-se a actividade na sala de professores onde se cantou e declamou "Traz outro amigo também".

Entretanto, na Biblioteca, era aberta uma exposição sobre a vida e a obra do cantor/poeta. Para além das canções houve momentos de poesia por alunos, professores e funcionários da Escola, que declamaram poemas seleccionados.

A sessão encerrou com a entrega de prémios do II Concurso Literário da Biblioteca, que contou com representantes do conselho executivo e da autarquia que apoiaram esta actividade.

Esta actividade trouxe muitos participantes à Biblioteca, que se quiseram associar a esta efeméride. Muito simples, teve a grandiosidade das coisas belas!Zeca Afonso fez-se mensagem actualizada e garantiu aos jovens uma perspectiva humanista.

MULHER


8 de Março


Todos os anos, neste dia, festejamos o Dia Internacional da Mulher.
Porém, muitos são aqueles que não têm a noção do significado deste dia… Pois bem! Este dia surgiu pela manifestação de centenas de mulheres, em Nova Iorque, no ano de 1857. Decidiram, protestando, lutar pelos seus direitos.
Trabalhavam em condições miseráveis, com baixos salários e uma carga horária excessiva, dezasseis horas diárias. Para levarem avante o seu protesto, fecharam-se no interior duma fábrica, que posteriormente viria a ser destruída pelas chamas.
Este incêndio seria fatal! As chamas assassinas levaram a vida a todas as mulheres que tiveram a ousadia de reivindicar os seus direitos…
A partir desta trágica data, as manifestações aumentaram. O mundo começou a aperceber-se de que se tratava de um problema de nível global.
Corria o ano de 1910. Numa conferência, na Dinamarca, ficou decidido que, em homenagem às pioneiras desta enorme luta feminina, o dia oito de Março seria lembrado como o Dia Internacional da mulher.
“As mulheres são o sexo fraco” – uma ideia do passado! Apesar disso, subsiste muita discriminação e preconceito. Este dia relembra as corajosas do passado e apela às destemidas do presente. Não baixem os braços! Continuem esta luta tão antiga e que, infelizmente, ainda é um duelo dos nossos dias. Afinal as mulheres são um pilar fundamental desta nossa sociedade!
Resta-me felicitar todas as mulheres com o espírito das de 1857 e os homens que se unem a esta causa…
Não se esqueçam! Ao lado de um grande homem está sempre uma grande Mulher…
Teresa Barbosa – 12.º B


Dia Internacional da Mulher

As mulheres, durante séculos, foram vistas como o sexo fraco. E ainda hoje o são! Entretanto, sempre postas hierarquicamente abaixo do homem, não se deixaram vencer pelas adversidades às quais se viram expostas.
O Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de Março! Comemorativo dos feitos alcançados por elas, a nível social, económico e político, faz jus à numerologia a ele associada.
O número oito está simbolicamente relacionado com a vitória, a prosperidade, o poder. Estas foram, de facto, qualidades que as mulheres ganharam. Venceram os seus “inimigos”, prosperaram em tudo o que fizeram e ganharam poder social. São demasiadas conquistas para que todas sejam aqui referidas, mas há algumas que merecem destaque: o direito ao voto, o crescimento das oportunidades de trabalho, uma cada vez maior igualdade de salários, o direito ao divórcio, o controle sobre o próprio corpo em questões de saúde, entre muitos outros. Cada vez mais as mulheres assumem cargos de responsabilidade e muitas contribuíram para a evolução da Ciência.
Nem tudo está feito. O caminho é longo! Podemos entretanto pensar nisto e questionarmo-nos se as mulheres são de facto o sexo fraco. Não será mais uma manobra, uma estratégia masculina para que os homens possam sobressair na sociedade?
Ana Esteves – 12.º A

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

As 7 Maravilhas de Castelo de Paiva


Pois! Aí este um desafio à tua imaginação e criatividade. Que maravilha se afirma e assume na nossa Terra? A tua opinião! Castelo de Paiva é oásis… hoje! E sempre foi. Outros povos passaram por aqui… deixaram traços!

Convivemos tão rotineiramente com estas preciosidades… estamos tão habituados que não ganham relevo aos nossos olhos, nem lhes damos valor. Entretanto, marcam uma cultura, uma tradição. Afirmam, revelam séculos de vida.

Que valorizamos, na nossa Terra? – Eis a questão.

Até ao dia 15 de Março aceitamos propostas. Que sugeres de valioso, de importante, no nosso concelho, que possa integrar as 7 MARAVILHAS? Que é que só os teus olhos vêem?
A tua opinião é fundamental!

A partir do dia 15 de Março votaremos as sete maravilhas da lista proposta pela comunidade educativa de ESCP.
Neste momento, apresentamos as seguintes candidaturas:
Estátua do Conde de Castelo de Paiva
Marmoiral da Boavista
Pelourinho da raiva
Casa da Fisga
Solar da Boavista
Pia dos Mouros de Vegide
Ilha do Castelo
Monte de S. Domingos
Monte de S. Gens
Monte de Sto. Adrião
Rio Paiva
Capela de Vegide
Aldeia de Gondarém
Aldeia de Midões
Portal da Quinta da Cerrada
Chafariz de Sobrado
Paços do Concelho
Ponte de Caninhas
Anjo de Portugal
Ponte da Bateira

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Personalidade!


Pedem-nos a escolha da personalidade que signifique o nosso país. Sugestão belíssima! As contradições avolumam-se. Há uma infinidade de opções divergentes. Cada português escolhe a personalidade que lhe traz mais carga emotiva, maior empenho político, maior evidência social. E aqui, à partida, a variedade de situações é divergente. É possível uma personagem do passado. Que diz esta personagem aos jovens do nosso tempo?
A minha geração sofre as consequências duma escola marcada pelos valores do passado. Eram estes os valores mais genuínos dum Portugal de sempre? Eram conceitos veiculados pelo Estado Novo, que tinha objectivos muito bem definidos.
Se olharmos para o presente, as dificuldades não são menores. Quem representa hoje Portugal? Os jogadores de futebol? Estes sobem ao pódio da imortalidade! Fogos-fátuos – passageiros! Numa breve geração quantos subiram e já derrubados? Em que ficamos? Um industrial, um político? Um governante? Um músico? Também constatamos como é efémera esta glória…
Mas temos de escolher!
A minha opção fundamenta-se em valores humanos. São eternos. Só o que é humano ultrapassa o tempo e se impõe naturalmente a todas as gerações. São universais! Valores da vida!
Apresento duas personalidades que admiro: o Dr. Aristides de Sousa Mendes e o Professor Abel Salazar. Divido-me entre estes dois. Têm características diferentes. De comum, ambos enfrentaram a política caseira e mesquinha de Salazar.
O Dr Aristides, homem de acção, prático, ajudou os numerosos judeus que procuravam uma saída oposta aos campos de concentração nazi. Numa semana, terá salvado milhares de judeus, concedendo passaportes. Salazar considerou uma afronta. Não lhe perdoou! Condenado ao desemprego forçado, humilhado, acabou os seus dias numa miséria imerecida. O seu nome ficou na lama; a sua família ostracizada. Abril recupera-lhe o nome, reconhece-lhe mérito e apresenta-o como exemplo às gerações vindouras. Homem de corpo inteiro!
O Professor Abel Salazar é um homem completo. Um verdadeiro humanista no século XX: professor, pintor, escultor, gravador no cobre, escritor – educador! Foi opositor ao Estado Novo. Esta sua atitude mereceu-lhe a expulsão da Universidade. Alma de lutador! Nunca cedeu. Morreu afastado do seu meio. Mesmo o seu funeral foi rocambolesco, vigiado pela polícia do estado. Hoje, Abel Salazar está recuperado. È o patrono da Faculdade onde leccionou: Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. A sua memória merece reconhecimento e admiração.
Estas duas personalidades conquistam-me. Dou prioridade ao Dr. Aristides Mendes pela sua sensibilidade e coerência que o levou a esta desobediência pública.
Joaquim Soares - Janeiro de 2007

quinta-feira, janeiro 25, 2007

L’Abbé Pierre


“Viver é aprender a amar” – explica e resume a vida deste homem de Deus. A sua vida é um hino de misericórdia. Viveu para os mais humildes, os mais esquecidos, ignorados e deserdados da sociedade: os sem-abrigo.
Morre com 94 anos. A França une-se em dor. A Igreja, através dos seus mais altos representantes, lançou um veemente brado de apelo à justiça: “morreu um gigante da misericórdia” – palavras do arcebispo de Bruxelas. “A sua morte fez-me pior que o frio desta manhã” – é o desabafo de um sem-abrigo de Paris. E concluía: “… estamos órfãos!”
Abbé Pierre estava muito debilitado. Morreu, num hospital de Paris, onde tinha sido internado, em consequência duma gripe.
Estudou num colégio Jesuíta. Depois entrou, com 19 anos, na ordem dos Capuchinhos. Na segunda Grande Guerra, ajudou a Resistência Francesa e judeus em fuga. Esteve preso – a polícia SS apanhou-o – mas conseguiu fugir.
Já em tempo de paz, foi deputado. Interveio sempre a favor dos mais esquecidos. Em 1994, denuncia o ‘cancro da pobreza’ e pede apoio para os mais de 400 mil sem- abrigo franceses. Há cerca de um ano defendeu o direito de alojamento digno para todos.
Homem inquieto. Não o satisfazia a caridadezinha burguesa. Entendia que os pobres têm uma dignidade a preservar. Cada homem merece o pão que come. Os “Companheiros de Emaús” vivem do seu trabalho…
Este velho padre não deixa de nos surpreender. Já na recta final, admite publicamente ter-se relacionado sexualmente com algumas mulheres.
Em Portugal, Emaús está vivo. Reparte vida, ideal. Reconstrói, recompõe homens.
França chora a ‘partida’ deste santo. Nós alegramo-nos com todas as vidas reencontradas. Rezamos na esperança de um mundo justo e duma Igreja testemunha de vida nova para todos os homens.
Equipa Coordenadora

quarta-feira, novembro 22, 2006

2006.10.23 : Dia Internacional das Bibliotecas Escolares


Coração da Escola! Ponto de convergência – ali se concentram os alunos: estudo, busca, encontro. Aluno, activo, busca o sucesso. Aluno que lê, completa-se humanamente, interioriza conceitos, confronta saberes acumulados, discerne o caminho a seguir
A Biblioteca alia o passado com o presente. Oferece sabedoria. No silêncio, encontra-se o tempo oportuno de crescer.
Hoje a biblioteca é airosa, espaço aberto, convidativo. Os livros oferecem-se. Esperam pacientemente o momento oportuno duma escolha. Sem queixas, sem lamentos, sem traumas...
Perscruto o passado! As minhas visitas à Biblioteca regressam ao presente. A Biblioteca funcionava a horas, que nem sempre respeitava os interesses dos alunos. O Sr. Esteves, muito simpático, não gostava de ser interrompido na sua rotina: a catalogação infindável dos livros. Paciência para aturar os alunos? Bem, faltava-lhe tempo e disponibilidade. A Biblioteca era um espaço pouco convidativo, com altas estantes, cujas portas se protegiam com grades de arame. “A luminosidade fazia mal aos livros!” – dizia-se... A curiosidade abusiva dos alunos fazia tremer a sabedoria dos mestres! Assim, o livro era visto de longe...
Os tempos mudaram! Hoje, os livros dispõem-se em estantes abertas., convidativas. Esperam pacientemente a mão amiga, que os desfolhe, com olhos ávidos de sabedoria. Este espaço ainda apresenta outras novidades: novos livros, jornais diários, revistas, auscultadores para audição de música e computadores. A navegação na Internet alicia.... Gosto de passar pela Biblioteca! Enche-me de alegria ver os jovens, cheios de vida, num espaço de silêncio, reflexão. Abrem novos caminhos, alargam horizontes. O livro é companheiro de jornada: diverte, anima, esclarece. Também o Sr. Esteves cedeu o lugar a funcionários atentos, delicados, com horas amigas para acolher todos os alunos.



Recordações de um frequentador da Biblioteca Escolar

terça-feira, fevereiro 14, 2006

Um Génio!


Ocorreu, no passado dia 27 de Janeiro, duzentos e cinquenta anos sobre o nascimento de um génio: Mozart.
Mozart… nome emblemático, revolucionador da música do séc. XVIII. Começou por compor minuetos para cravo, aos cinco anos de idade.
Exímio pianista e compositor, Mozart tem uma obra que contém tanto de notável como de numerosa. São conhecidas 50 sinfonias, 27 concertos para piano, vários concertos para instrumentos de sopro, inúmeras sonatas, missas, óperas e canções.
A sua música é extraordinária, a junção das suas notas compõe uma melodia que, apesar de aparentar simplicidade, se torna mágica no seu conjunto.
Este génio morreu com apenas 35 anos de idade. Na última fase da sua vida, Mozart encontrava-se muito doente. Contudo, compôs até ao fim dos seus dias. As últimas palavras seriam: “Deixem-me ouvir, uma vez mais, esses sons que foram, durante tanto tempo, a minha consolação, a alegria”.
Depois disto, nada mais há a acrescentar senão homenagear, nesta efeméride, este nosso génio da música, merecedor de que o ouçamos, na sua notável obra!

Inês Pinto 12º B

quinta-feira, fevereiro 02, 2006

Os Nossos Amigos Livros


Os livros são, geralmente, postos de parte pelos jovens, com as desculpas do costume:
– Não tenho tempo! Não tenho dinheiro! … - e assim fintam este tema.
No entanto fazem mal. Os livros são a melhor companhia e o melhor conselheiro de quem precisa. Não me venham dizer que não precisam de um amigo, um conselheiro, de vez em quando!
Numa comparação pouco usual, podemos dizer que os livros são como o chocolate… Depois de começar a ler, não conseguimos deixar de “devorar” as páginas e ficamos tristes, quando acaba a história.
Cada livro tem a sua história e a sua moral, os seus conselhos e as suas aventuras. Cada livro é único! Por isso é que nunca me canso de ler. Além disso, de cada livro que me passa “debaixo do nariz” eu aprendo mais um bocadinho. E é de migalhas que se faz o pão! Por isso acredito que a nossa inteligência, que não está formada, quando nascemos, vai sendo desenvolvida, ao longo da vida, e se vai enriquecendo aos bocadinhos.
Para mim, ler é um dos passatempos favoritos. Desenvolve o “músculo cerebral” e é muito divertido. É daquelas coisas que quanto mais fazemos, mais queremos fazer!
Dou um conselho a todos os jovens, como eu: leiam o mais possível, pois ler “faz bem”. Eu sei que há coisas mais interessantes à nossa espera: as consolas… o futebol também soa entre os passatempos, meus preferidos! Mas façam um esforço… Não há melhor exercício psíquico do que a leitura, que, para além de ser viciante, enriquece a nossa cultura geral e a nossa experiência.
Os livros só têm uma contra-indicação: quanto mais intensamente vivermos a história, mais sentimos a falta dela, quando acabamos de a ler. Ficamos ansiosos para começar outra que nos ajude a esquecer a anterior. É um ciclo vicioso do qual dificilmente alguém sai, depois de estar dentro. Claro que é um ciclo vicioso saudável… Aconselho a todas as pessoas. Ler faz bem aos jovens de todas as idades. É importante que todos leiam para manter este espírito juvenil sempre actual.
Amigos, desejo-vos uma boa leitura! Saibam desfrutar de todas as migalhinhas presentes em cada livro. Assim, a pouco e pouco, através da leitura e do convívio com as outras pessoas, conseguem construir a vossa personalidade.

Pedro Correia – 10.º B, Escola Secundária de Castelo de Paiva